sexta-feira, 6 de abril de 2012


Décima primeira estação: Jesus promete seu Reino ao bom ladrão

Do evangelho segundo São Mateus 27,37-42:

“Puseram acima da cabeça de Jesus um letreiro escrito com a causa da condenação: ‘Este é Jesus, o Rei dos Judeus’. Foram então crucificados com Ele dois ladrões, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam dirigiam-Lhe insultos, abanavam a cabeça e diziam: ‘Tu, que demolias o Templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!’. Também os sumos sacerdotes zombavam, juntamente com os escribas e os anciãos, dizendo: ‘Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se! É Rei de Israel! Desça agora da cruz, e acreditaremos nele’.”

Oração

Senhor Jesus Cristo, fizestes-Vos pregar na cruz, aceitando a crueldade terrível desse tormento, a destruição de Vosso corpo e Vossa dignidade. Fizestes-Vos pregar, sofrestes sem evasões nem descontos. Ajudai-nos a não fugir perante o que somos chamados a realizar. Ajudainos a nos ligar estreitamente a Vós. Ajudai-nos a desmascarar a falsa liberdade que nos quer afastar de Vós. Ajudai-nos a aceitar Vossa liberdade “ligada” e a encontrar nessa estreita ligação convosco a verdadeira liberdade. Pai Nosso...



Décima segunda estação: Jesus na cruz, a mãe e o discípulo

Do evangelho segundo São Mateus 27,45-50.54:

“A partir do meio-dia, houve trevas em toda a região, até às três horas da tarde. E, pelas três horas da tarde, Jesus bradou com voz forte: ‘Eli, Eli, lamá sabachthani’, quer dizer, ‘Meu Deus, Meu Deus, por que Me abandonaste?’. Alguns dos presentes ouviram e disseram: ‘Está a chamar por Elias’. E logo um deles correu a pegar numa esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la numa cana e deu-Lhe a beber. Mas os outros disseram: ‘Deixa lá! Vejamos se Elias vem salvá-Lo’. E Jesus, dando novamente um forte brado, expirou. Entretanto, o centurião e os que estavam com ele de guarda a Jesus, ao verem o tremor de terra e o que estava a suceder, ficaram aterrados e disseram: ‘Ele era, na verdade, Filho de Deus’.”

Oração

Senhor Jesus Cristo, na hora de Vossa morte, o sol escureceu. Sois pregado na cruz sem cessar. Precisamente nesta hora da história, vivemos na escuridão de Deus. Pelo sofrimento sem medida e pela maldade dos homens, o rosto de Deus, Vosso rosto, aparece obscurecido, irreconhecível. Mas foi precisamente na cruz que Vos fizestes reconhecer. Precisamente enquanto sois Aquele que sofre e que ama, sois Aquele que é elevado. Foi precisamente lá que triunfastes. Ajudai-nos, nesta hora de escuridão e confusão, a reconhecer Vosso rosto. Ajudai-nos a crer em Vós e a seguir-Vos precisamente na hora da escuridão e da privação. Mostrai-Vos novamente ao mundo nesta hora. Fazei com que Vossa salvação se manifeste. Pai nosso...


Décima terceira estação: Jesus morre na cruz

Do evangelho segundo São Mateus 27,54-55:

“O centurião e os que estavam com ele de guarda a Jesus, ao verem o tremor de terra e o que acontecia, ficaram aterrados e disseram: ‘Ele era, na verdade, Filho de Deus’. Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para O servirem.”

Oração

Senhor, Vós descestes à escuridão da morte. Mas Vosso corpo é recolhido por mãos bondosas e envolvido num cândido lençol (Mt 27,59). A fé não está completamente morta, não se pôs totalmente o sol. Quantas vezes parece que Vós estais dormindo. Como é fácil a nós, homens, afastar-nos dizendo para nós mesmos: Deus morreu. Fazei com que, na hora da escuridão, reconheçamos que em qualquer circunstância Vós estais lá. Não nos deixeis sozinhos quando tendemos a desanimar. Ajudai-nos a não Vos deixar sozinho. Dai-nos uma fidelidade que resista no desânimo e um amor que Vos acolha no momento mais extremo de Vossa necessidade, como Vossa Mãe, que Vos abraçou de novo em seu regaço. Ajudai-nos, ajudai os pobres e os ricos, os simples e os sábios, a ver através dos medos e preconceitos e a oferecer-Vos nossa capacidade, nosso coração, nosso tempo, preparando assim o jardim no qual possa dar-se a ressurreição. Pai nosso...


Décima quarta estação: Jesus é depositado no sepulcro

Do evangelho segundo São Mateus 27,59-61:

“José pegou no corpo de Jesus, envolveu-o num lençol limpo e depositou-o no seu túmulo novo, que tinha mandado escavar na rocha. Depois, rolou uma grande pedra para a porta do túmulo e retirou-se. Entretanto, estavam ali Maria de Magdala e a outra Maria, sentadas em frente do sepulcro.”

Oração

Senhor Jesus Cristo, na sepultura fizestes Vossa a morte do grão de trigo, Vos tornastes o grão de trigo morto que produz fruto ao longo de todos os tempos até a eternidade. Do sepulcro brilha em cada tempo a promessa do grão de trigo, do qual provém o verdadeiro maná, o pão de vida em que Vós Vos ofereceis a nós. A Palavra eterna, através da encarnação e da morte, tornou-se a Palavra próxima: Vós Vos colocais em nossas mãos e nossos corações para que a Vossa Palavra cresça em nós e produza fruto. Dais-Vos a Vós através da morte do grão de trigo, para que nós tenhamos a coragem de perder nossa vida para encontrá-la; para que também nós nos fiemos da promessa do grão de trigo. Ajudai-nos a amar cada vez mais Vosso mistério eucarístico e a venerá-lo – a viver verdadeiramente de Vós, Pão do Céu. Ajudai-nos a nos tornar Vosso “odor”, a tornar palpáveis os vestígios de Vossa vida neste mundo. Do mesmo modo que o grão de trigo se eleva da terra como caule e espiga, assim também Vós não podeis ficar no sepulcro: o sepulcro está vazio porque Ele – o Pai – não Vos “abandonou na habitação dos mortos nem permitiu que a Vossa carne conhecesse a decomposição” (cf. At 2,31; Sl 16,10). Não, Vós não experimentastes a corrupção. Ressuscitastes e destes espaço à carne transformada no coração de Deus. Fazei com que possamos nos alegrar com essa esperança e possamos levá-la jubilosamente pelo mundo; fazei com que nos tornemos testemunhas de Vossa ressurreição. Pai nosso....


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